Gente como a gente!
Abril tem sido o meu mês das bruxas. Parece que não só o meu, mas vários acidentes, fatalidades, brutalidades vêm acontecendo este mês. Triste. 😦
O meu aluguel aumentou, o meu quarto foi arrombado, meu cartão do banco e internet banking foram bloqueados e ainda anunciaram mudanças no meu trabalho. Isso tudo nas duas primeiras semanas do mês. MEDO do resto.
Mas como a vida não é só feita de coisas ruins, final de semana passado eu fui num open house na casa da chefa. Confesso que não estava confortável com o convite, mas resolvi encarar uma festa lituana. Com comidas lituanas e, com pessoas lituanas. Quando eu expliquei que a minha chefa era lituana, a minha prima logo perguntou – Mas onde fica a Lituânia?
Rapidamente eu expliquei que ficava perto da Letônia, ora bolas! (num pensamento instintivo, pois sempre fui muito ruim em geografia).
Com a ajuda do meu amigo Wikipédia, eu descobri que o país faz divisa com a Polônia. Tem cerca de 4 milhões de habitantes e faz frio, muito frio. Por conta disso, eles são todos bem branquinhos, com exceção dos que estavam na festa de sábado.
Eles estavam todos vermelhinhos. Todos. Pensei que talvez fosse o vinho, mas não… Depois fiquei sabendo que era resultado do bronzeamento artificial, afinal, o verão está chegando. E todos querem ficar bronzeados 😀
É um povo bonito. Todas as moças vestiam roupas de festa, maquiagem e saltos altos, mas muito, muito altos. Eu era a única brasileira da festa, no meio de lituanos, eslovacos, poloneses e alguns ingleses.
A comida era um caso à parte, queria ter tirado fotos, mas achei meio indelicado. Tinham vários tipos de Ham, eles gostam MUITO de ham. Fora isso, umas saladas parecidas com a nossa maionese, algumas com feijão branco e bacon, e outras com brócolis. Gostei muito de todas.
Experimentei o pão lituano, que é bem parecido com o pão polonês ( segundo eles, pois eu não tenho ideia quais são as semelhanças ou diferenças), mas eu adorei! MUITO, muito bom mesmo! Gostinho e cor de pão integral, mas com aquela sustança, sabe?! Nota 10.
Depois da sexta taça de vinho, já estava toda falante no meu inglês tupiniquim, ouvindo histórias incríveis sobre o inverno rigoroso nesses países, sobre os passeios em sleigh à noite, e sobre as aventuras de morar num país com um clima completamente diferente do nosso.
Se eles conseguem encontrar alegria num inverno -30 C, bora parar de reclamar da vida, neam?! 😉